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PARALISAÇÃO NACIONAL
Greve dos bancários chega ao 11º dia

Data da notícia: 2016-09-16 18:26:17
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(Da Redação) A greve nacional dos bancários completou ontem (16), 11 dias com mais de 12.600 agências e centros administrativos fechados em todo o país, e com mais de 87% de adesão em Rondônia e, após mais uma frustrada rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), a tendência é que a paralisação cresça ainda mais.

E todo o cenário que traz transtornos à população em geral, segundo os bancários, é culpa dos banqueiros que insistem em desrespeitar e desvalorizar os trabalhadores com a provocativa oferta de 7% de reajuste nos salários, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche (2,39% abaixo da inflação) e abono de R$ 3.300,00 (pago em parcela única e que não incide nas férias, 13º salário, FGTS, vales, auxílios e previdência) durante a oitava rodada de negociação ocorrida ontem, quinta-feira (15), em São Paulo.

Na opinião dos bancários, as empresas patronais viram completamente as costas para demais reivindicações como saúde, condições de trabalho, segurança, igualdade de oportunidades e garantia de emprego.

"Essa postura de intransigência dos banqueiros, de não querer oferecer índices decentes e atender a pontos importantes da nossa pauta de reivindicações, nos obrigam a continuar e ampliar a greve, pois é a nossa única forma de lutar pelo que queremos. Fazemos greve porque é a nossa única alternativa e, obviamente, a culpa da greve é exatamente dos bancos, que só pensam em lucrar a todo o custo e estão desprezando completamente os seus funcionários, os verdadeiros responsáveis por estes lucros sucessivos?, destacou Euryale Brasil, secretário geral do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia.

Ele pede que a população em geral, afetada pela greve, compreenda luta da classe contra política brutal do sistema financeiro de massacrar milhares de pais e mães de família que trabalham nos bancos. ?Por isso mesmo, uma de nossas bandeiras de luta é a contratação de mais bancários para minimizar a pressão sobre os atuais funcionários e, claro, melhorar o atendimento ao cliente e usuário", avaliou.

Reivindicações
* Reajuste salarial de 14,78%, que significa 5% de aumento real acima da inflação.
* PLR de três salários mais R$ 8.317,90 fixos para todos.
* Piso salarial de R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
* Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$ 880,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
* Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
* Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
* Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
* Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
* Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, como determina a legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
* Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs). Com informações da SEEB-RO ? Assessoria.

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